Colégio agnes
Diretora de escola nega racismo e diz que tudo não passa de mal entendido
A diretora do Colégio Agnes, Suely Dias, acusada de racismo contra a professora Thaynara Cristina da Silva, 25, dentro da sala de aula, disse que "tudo não passou de um mal entendido". O fato teria ocorrido na terça-feira, 4.
Em conversa com o EXTRA, Suely informou que gostaria de dialogar mais calmamente com Thaynara e, caso seja necessário, pedir desculpas a ela e às pessoas que se sentiram ofendidas.
"Fui pega de surpresa. Ex-alunos e professores vieram me procurar para saber o que aconteceu. Sim, falei sobre Ouro Branco e a qualidade do couro daquela cidade, mas ela levou como eu queria bater nela", disse.
Também declarou que sempre apoiou e admirou a proximidade da professora com os alunos e suas lutas raciais e sociais.
Leia mais
Diretora é acusada de racismo contra professora dentro de sala de aula
Sindicato denuncia Colégio Agnes por injúria racial
O Coletivo União das Letras, por meio das redes sociais, denunciou o suposto caso de racismo no Colégio Agnes Maceió, localizado no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió.
Segundo a publicação, a professora de gramática Thaynara teria sido ofendida pela dona da escola com um comentário preconceituoso.
A proprietária Suely Dias, conforme denúncia, teria pedido que se alguns dos alunos, que estavam presentes em sala, fossem a Ouro Branco trouxessem um chicote 'do bom'.
A finalidade do instrumento usado para domar animais seria para "fazer a professora se lembrar do tempo que tanto teme", uma menção à escravidão negra.
"Nós do Coletivo repudiamos essa e qualquer atitude racista. A dona da escola, além de ter cometido um crime e humilhado a professora publicamente, agiu sem nenhuma ética", destacou a entidade.